A AMAZÔNIA EM ALGUNS NÚMEROS

A AMAZÔNIA EM ALGUNS NÚMEROS

A bacia amazônica abrange 6,7 milhões km2, dos quais quase 5,5 milhões km2 são cobertos pela floresta tropical, em estados diferentes de conservação. A França, o terceiro maior país da Europa, depois de Rússia e Ucrânia, tem 551.695 km2. Ou seja, a bacia amazônica é mais de doze vezes maior do que a França.

A Amazônia é lar, em toda a sua extensão continental, de 3.344 territórios indígenas formalmente reconhecidos. Na Amazônia brasileira vivem mais de 180 povos indígenas, 53 etnias só no estados do Amazonas.

A Amazônia Brasileira

60% da floresta é parte do território brasileiro; dos outros 40%, o Peru possui 13%, seguido da Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Suriname, Guiana e Guiana Francesa.  

40% do território brasileiro é constituído pela Amazônia. 180 povos indígenas vivem na Amazônia brasileira, além de povos ribeirinhos, extratores e quilombolas. A floresta abriga 60 mil espécies de plantas, mamíferos, répteis, invertebrados, anfíbios, peixes e pássaros. A maior biodiversidade do planeta, cerca de 15%, está na região.

O conceito de Amazônia Legal foi criado em 1966, e inclui os seguintes estados brasileiros: Amazonas, Acre, Pará, Amapá, Roraima (o mais desmatado), Rondônia, Mato Grosso, Maranhão, Goiás e Tocantins. A Amazônia Legal tem 5 milhões de quilômetros quadrados. Se fosse um país, a Amazônia Legal seria o sexto maior do mundo em extensão territorial. Um terço das árvores do mundo estão na região, além de 20% das águas doces.

Água: Milhões de litros por segundo

O rio Amazonas despeja no Oceano Atlântico em torno de 200 mil metros cúbicos por segundo. Um metro cúbico corresponde a mil litros de água. Em média, portanto, o rio despeja no oceano 200 milhões de litros de água doce a cada segundo. A quantidade de água que a floresta evapora para a atmosfera, criando os rios voadores, verdadeira fábrica de chuvas para o resto do país, é igual ou superior à vazão do rio Amazonas (200 milhões de litros por segundo).

A Amazônia, a maior bacia hidrográfica do planeta, possui 25 mil km de rios navegáveis.

Desmatamento

Até agora, cerca de 730 mil km2 já foram desmatados no bioma amazônico, o que corresponde a 17% do bioma. Desse total, 300 mil km2 foram desmatados nos últimos 20 anos.

Um estudo publicado em 2013, realizado por 100 cientistas, estima que cada hectare (um hectare são 10 mil m2, um campo de futebol tem 8.500m2) da floresta amazônica abriga 565 árvores. A floresta contém aproximadamente 16 mil espécies de árvores, das quais só 227 espécies, ou seja 1,4%, constituem metade de todas as árvores. 

Informações do Monitor da Floresta do site PlenaMata trazem estimativas em tempo real, com base nos dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que apontam recorde de desmatamento nos primeiros sete meses do ano, e a expectativa é de que os números aumentem ainda mais para o restante de 2022. O site InfoAmazonia informa que mais de 300 milhões de árvores foram derrubadas na Amazônia brasileira entre 1 de Janeiro e 10 de Agosto de 2022,  o que significa mais de 1,4 milhão de árvores por dia, uma média de 1.024 a cada minuto e de 17 a cada segundo.

Absorvendo ou emitindo gás carbônico?

A preocupação pela saúde da Amazônia, que implica a produção de chuvas, a conservação da biodiversidade e a absorção de gás carbônico, é mundial. A cientista brasileira Luciana Gatti, do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), estuda a Amazônia há 18 anos e, em estudo de recente publicação, mostra como a floresta, devido às queimadas e ao desmatamento, passou a emitir, em vez de absorver gás carbônico, contribuindo assim para o aquecimento global. Leia aqui a entrevista especial de Unisinos com Luciana Gatti. 

imagem: BBC

Maristela Jardim Gaudio

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